Não pare na quarentena: 7 benefícios que a prática regular de exercícios físicos traz para a pele

A prática regular de atividade física traz uma série de benefícios para o organismo, incluindo correção da postura corporal, redução de gordura, tonificação dos músculos, melhora do sistema respiratório e cardiovascular, prevenção de doenças, entre diversos outros. Porém, se tantos benefícios ainda não são suficientes para te estimular a praticar algum tipo de exercício físico, saiba que o hábito também é capaz de melhorar a saúde da pele. “A atividade física, incluindo exercícios aeróbicos, musculação e alongamentos, é importante para a pele em diversos aspectos, visto que reduz o nível de cortisol, melhora a elasticidade, atua no controle da acne e da oleosidade, fortalece a barreira de proteção da pele e previne o envelhecimento precoce”, aponta a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Por isso, mesmo durante o isolamento social, eles devem ser mantidos. Mas, para quem ainda não está convencido da importância da atividade física, a Dra. Paola explicou com detalhes de que forma os exercícios físicos agem na pele. Confira:

Mais hidratação – De acordo com a especialista, quando praticamos exercícios ocorre um aumento do fluxo sanguíneo, que passa a levar oxigênio e nutrientes de forma mais eficaz para os tecidos, incluindo a pele. Além disso, o sistema linfático passa a trabalhar em maior velocidade, desintoxicando o organismo e diminuindo a retenção de líquidos. “Como resultado, a pele ganha um aspecto mais saudável, tornando-se hidratada, corada e viçosa”, destaca.

Ação antienvelhecimento – “A atividade física também estimula a produção de substâncias químicas pelo organismo, como o hormônio do crescimento e L Glutamina, que possuem potente ação antienvelhecimento.”

Mais tônus – O movimento constante que ocorre quando estamos realizando algum tipo de exercício físico favorece a renovação, fortalecimento e regeneração de estruturas importantes para a manutenção do tônus da pele. “Com isso, há um risco menor da pele tornar-se flácida ou apresentar rugas e linhas de expressão precocemente”, afirma a dermatologista. “A atividade física ainda estimula as fibras de colágeno e elastina, responsáveis por conferir sustentação ao tecido cutâneo, o que se traduz em uma pele mais firme, elástica e com menos sinais de envelhecimento.”

Combate aos radicais livres – Com a prática regular de exercícios, nosso organismo produz uma maior quantidade de antioxidantes endógenos, tornando-se assim mais capacitado para combater a ação danosa dos radicais livres, que são considerados um dos principais causadores do envelhecimento precoce e de doenças inflamatórias crônicas, incluindo aterosclerose, diabetes e artrite. 

Menor nível de estresse – O exercício físico diminui o nível de cortisol (o hormônio do estresse), melhorando, consequentemente, a qualidade do sono e retardando o aparecimento de rugas e linhas de expressão. “Uma pele que vive sobre descargas constantes de cortisol está mais propensa a ter rugas, pois esse hormônio potencializa o estado inflamatório persistente do tecido cutâneo, diminuindo a longevidade e a atividade das células que compõem a pele”, alerta a médica. “Além disso, o cortisol, quando em excesso, estimula um processo conhecido como glicação, onde o açúcar danifica as fibras de colágeno, assim favorecendo o surgimento de flacidez e outros sinais do envelhecimento.”

Menos acne – “O estresse também aumenta a liberação de prolactina, hormônio que, na pele, pode estimular a produção de sebo pelas glândulas sebáceas e alterar a defesa natural da pele, fatores que contribuem para o quadro acneico”, diz a dermatologista. Dessa forma, o exercício físico, por diminuir o estresse e, consequentemente, a produção de prolactina, mostra-se essencial até mesmo para pessoas mais jovens, visto que são as que mais sofrem com cravos e espinhas.

Sensação de bem-estar – Por fim, a Dra. Paola Pomerantzeff ressalta que o exercício físico também estimula a produção de endorfinas. “As endorfinas são os analgésicos naturais do organismo que conferem sensação de bem-estar, felicidade e euforia, o que acaba influenciando positivamente na aparência da pele”, finaliza.

FONTE: DRA. PAOLA POMERANTZEFF: Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais. http://www.drapaola.me/