7 coisas pelas quais você não deveria se culpar tanto


Desde cedo, somos ensinados a nos comportar de maneira adequada, a fim de agradar as pessoas que estão à nossa volta. Quando apenas expressamos o que somos e o que sentimos, a culpa surge e nos impede de apenas vivermos livremente. Temos medo do julgamento externo, e também de nossos juízes interiores, que implementam barreiras em nossas vidas. Porém, há certas ações de nosso cotidiano que não deveriam trazer sentimentos negativos, pois são manifestações de nossos desejos e necessidades.

Veja a seguir, sete coisas pelas quais você não deveria se sentir culpado:

1. Dizer não

Para a Master Coach Andrea Deis, o “não” determina uma direção, e elimina a outra. Portanto, por conta de alguma insegurança, as pessoas tendem a não se posicionarem diante das situações por medo de errar. Porém, a especialista alerta: “Um ‘não’ na hora certa pode pesar gramas, e um ‘sim’ na hora errada pode representar toneladas para o seu emocional”.

Além disso, ao aceitarmos fazer o que não queremos, podemos estar procurando não magoar o outro. É o que explica a psicóloga Adriana de Araújo, que aponta o receio de não ser aceito ou ficar sozinho como outras duas grandes motivações ao não permanecermos fiéis à nossa essência. Porém, é necessário encontrar um filtro para nossas necessidades e as necessidades alheias. Dizer ‘não’ deve ser encarado como uma ferramenta imprescindível na busca pelo bem estar.

2. Chorar e ficar triste

Quando choramos, temos a sensação de tirar um peso de nossos ombros. Porém, as óticas pelas quais olhamos o ato de estar triste não são positivas. De acordo com a psicóloga Adriana de Araújo, o choro está erroneamente ligado à fraqueza. Não nos permitimos sermos vulneráveis, e quando somos, isto gera frustração.

Para não demonstrarmos fragilidade, mascaramos a tristeza. E para Andrea, isto torna-se cada vez mais fácil por estarmos vivendo em uma era digital. “O modelo é mostrar sorriso e sucesso nas redes sociais, porém, ao fazer isto, nos esquecemos que somos seres emocionais. Não deixamos de sentir a tristeza, apenas a reprimimos para podermos vestir o papel do super-herói”, conclui a especialista.

Entretanto, é importante reiterar que acima de qualquer reputação, existe um ser humano. Preocupe-se mais em ser sincero com você mesmo.

3. Descansar

Muitas pessoas podem se sentir culpadas por apenas descansar. Elas sentem que não estão sendo produtivas, ou então, que estão sendo preguiçosas. Porém, este pensamento está intimamente ligado a uma grande ansiedade, e permitir-se relaxar de vez em quando, pode potencializar sua saúde física e mental. Segundo Adriana de Araújo, existem formas para lidar com a culpa ao descansar após um dia cansativo,e uma delas, é não concluir que você poderá repousar apenas depois do término de suas tarefas.

Há fatores externos que também influenciam para o problema. A falta de reconhecimento faz com que as pessoas busquem incessantemente a validação das pessoas à sua volta, não se permitindo descansar até que atinjam seus objetivos. Porém, toda grande realização necessita de grande energia, que precisa ser reposta diariamente.

4. Ficar de mau humor

Para Andrea Deis, o “autocontrole” é cobrado constantemente pela sociedade. Porém, existe uma confusão conceitual no meio do caminho, visto que “mau-humor” e “desrespeito” são duas coisas diferentes. “O mau humor pode e deve existir, o que não pode ocorrer, é a contaminação do ambiente. Respeite o seu momento e os dos demais”, afirma a especialista.

Há algumas formas de lidar com dias ruins quando se está em meio social. Ficar um pouco mais recluso e silencioso, pode ser uma forma de lidar com seus sentimentos de maneira introspectiva, evitando a culpa de afetar o próximo. Só não esqueça de respeitar suas necessidades, e não se cobre ter as melhores reações para as adversidades da rotina, pois você seu humor está fragilizado.

5. Terminar um relacionamento

Não é incomum que relacionamentos sejam prolongados por uma das partes se sentirem culpadas em terminá-lo. Isto acontece por medo da solidão, e por não querermos causar o sofrimento em alguém especial. Porém, sentir “dó” pode ser um ato cruel, já que privamos nossos parceiros de estarem vivendo novas experiências que trarão felicidade.

Para a psicóloga Cristina da Fonseca, a autopunição é comumente utilizada para que as pessoas lidem com a culpa de um término. “Temos a tendência de guardar sofrimento para sermos punidos pelo mal que fizemos”, explica a especialista. Porém, este comportamento é destrutivo. É necessário que se construa a consciência de que não estamos fazendo mal ao outro, e sim, livrando ambas as partes de mais frustrações.

6. Sair da dieta

Antes de tudo, é necessário identificar os reais motivos por trás de uma dieta. E independente do motivo que faça você restringir sua alimentação, não se desanime caso realizar alguns deslizes durante o processo. A sensação de quebra de propósito vêm de nossa auto exigência excessiva.

7. Ser egoísta

Colocar-se em primeiro lugar é reflexo de uma boa autoestima. Para Andrea Deis, fomos criados para servir ao próximo. Porém, isso causa frustração, pois passamos a atender cada vez menos nossas necessidades. Encontrar um equilíbrio entre os próprios anseios e as demandas alheias passamos a nos resguardar, ao mesmo tempo em que afastamos o sentimento de culpa.

Aliás, por que sentimos culpa?

Existem muitas explicações para sentirmos culpa, mas é importante reiterar que este sentimento é mutável, e depende intimamente da subjetividade de cada um. Para Adriana de Araújo, ela surge a partir do momento em que entendemos e refletimos sobre o que foi feito no passado, com a maturidade do presente. Com o aprendizado, sentimos a necessidade de ter feito as coisas de forma diferente.

Porém, segundo a especialista, é humanamente impossível avaliar uma situação em todos seus ângulos para se tomar uma decisão.

Devemos nos permitir errar, e o mais importante, aceitar o que somos no presente.

Fonte:

www.minhavida.com.br

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