Oito passos para fazer o detox do celular


Passar ao menos uma hora longe deles é difícil, smartphones e tablets já fazem parte da rotina e você faz a sua agenda já pensando em como eles podem ajudar na economia do tempo e na realização de mais de uma tarefa simultaneamente. “Muita gente, no entanto, acaba viciada em todas as funções que esses aparelhos trazem, como jogos e aplicativos”, afirma a psicóloga Marina Vasconcellos, de São Paulo.

“Essas pessoas se comportam como se, em todos os momentos, acontecesse algo tão importante a ponto de impedir a desconexão”. O resultado da mania é a sensação permanente de que falta tempo para dar conta de tudo e relações mais impessoais, já que a tecnologia acaba atravessando os encontros. “Não é o caso, evidente, de abrir mão da tecnologia, mas aprender a usá-la a seu serviço – e não ficar à disposição dela initerruptamente”, diz a especialista. Se você quer entrar numa operação detox do celular, siga as dicas a seguir.

Desabilite as notificações

Que celular tocando o tempo todo incomoda todo mundo já sabe, mas as notificações e atualizações do smartphone também fazem barulhinhos e vibrações que, além de muito chatas, desviam não só o seu foco de atenção, mas também de quem está próximo a você. Marina Vasconcellos recomenda que sejam guardados horários durante o dia para ver se alguém te mandou mensagem na rede social ou te desafiou em algum jogo, o que pode até incentivar a boa convivência se respeitados alguns limites.

Compre um despertador

Você é daqueles que coloca o celular embaixo do travesseiro? Pois bem, o mundo não vai cair se você deixá-lo desligado durante a noite. Muito pelo contrário, essa prática pode te garantir um descanso muito mais eficiente. O sono é dividido em fases: o sono superficial e o sono profundo. É apenas na segunda fase que o corpo consegue recuperar as energias. “Quando há uma alternância entre sons altos e baixos, o organismo fica em estado de alerta e não conseguimos passar para a fase profunda do sono”, afirma Marina Vasconcellos. Por isso, vele investir num despertador tradicional e aposentar o alarme do celular.

Guarde os momentos na memória

Tudo o que você faz vai para o facebook? Compartilhar momentos importantes com as pessoas próximas é importante, mas vale refletir se a necessidade de expor sua rotina não está atrapalhando a qualidade das suas experiências e dos seus relacionamentos. “É comum vermos cada vez mais gente tirando fotos, fazendo filmagens e os colocando nas redes sociais, isso faz parte do mundo atual, mas é importante não esquecer que as lembranças mais valiosas ficam na memória”, afirma Marina Vasconcellos. Dificilmente você fica revendo os álbuns de uma noitada com os amigos ou das fotos na praia, mas os efeitos que as ocasiões de lazer oferecem permanecem vivos e estreitam laços. Outro ponto importante é lembrar que a interação entre as pessoas pode ser perdida em função da exposição, que nem sempre é positiva. “É preciso muita atenção com o que colocamos nas redes sociais, esse conteúdo chega ao alcance de gente que nem conhecemos muito bem”, lembra a especialista.

Não tenha medo de desligar

Às vezes o celular pode fazer a função de um controle remoto – e você é quem sofre o controle. Qualquer pessoa sabe como te achar, não importante onde e nem o horário. Essa é uma vantagem, afinal, caso haja uma emergência, você pode rapidamente ser acionado. O problema é quando essa funcionalidade acaba sendo uma prisão. O conselho da psicóloga Marina Vasconcellos é para usar mais o celular como um telefone de fato do que como uma caixa de e-mails ou uma forma de acesso à internet. E se for para relaxar, numa viagem ou num final de semana, não tenha receio de desligar o celular. A maior parte dos seus problemas pode esperar pela segunda-feira.

Ouça quem está ao seu lado

Se você ainda está em dúvida se o celular está tomando mais tempo da sua vida do que deveria, pare um momento e ouça o que dizem os seus amigos, familiares e companheiro. “É a sua relação com essas pessoas que será prejudicada se você estiver abusando do smartphone”, conta Marina Vasconcellos. “Eles podem tomar até medidas mais drásticas como limitar o uso do celular em casos extremos – essa pode ser uma atitude positiva”.

Seja racional

Pergunte-se: o que eu estou esperando? Eu preciso olhar isso agora? Se a resposta for negativa, deixe o celular de lado e aproveite a companhia de quem está ao seu lado. “Mas se ela for afirmativa, explique a quem está ao seu redor a importância desse contato”, orienta a psicóloga Ana Luiza Mano, do Núcleo de Pesquisas em Psicologia em Informática (NPPI) da PUC de São Paulo. “O ato de prestar mais atenção no seu celular do que no que está ao seu redor pode ser visto com maus olhos, como se o ambiente estivesse desinteressante”.

Busque ajuda profissional

“Diferentemente do vício em drogas ou álcool, o vício em celular não é tão fácil de detectar, até porque as suas implicações são mais psicológicas do que físicas”, afirma Ana Luiza Mano. Se isso já está te incomodando, busque a ajuda de uma terapia para se livrar do problema. No entanto, a psicóloga faz uma ressalva: “Procure um profissional que esteja familiarizado com esse tipo de problema, evitando conselhos do tipo: você deve abolir a internet do celular. As conexões são cada vez maiores, o cuidado é preservar sua rotina além da dependência dos aparelhos”.

Deixe para usá-lo nos intervalos

Para não tirar o foco do trabalho ou do estudo, o melhor é deixar para usar o celular em intervalos como a hora do almoço ou a pausa para o café. Mas a psicóloga Marina frisa que, no momento em que você estiver comendo, o melhor é desligar o celular. Só assim é possível sentir as cores, texturas e sabores que fazem parte dos alimentos. Além disso, quando não prestamos atenção na quantidade de alimentos que colocamos no prato e nos envolvemos com uma atividade paralela, tendemos a comer mais do que realmente seria necessário.

 

Fonte:

Redação

minhavida.com.br

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