Pele ressecada deixa de proteger organismo contra várias doenças


Em tempos de pandemia do coronavírus, o uso do álcool em gel se tornou uma das ações essenciais para evitar o contágio.

A venda do produto aumentou em 260%, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal (ABIHPEC).

Apesar de ser grande aliado na proteção contra o novo coronavírus, resseca a pele, maior órgão do corpo humano, se usado em excesso. Além disso, a chegada do inverno costuma trazer outros problemas decorrentes do ressecamento da pele.

O médico dermatologista Weber Coelho, mestre em Dermatologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP, alerta que o álcool em gel pode passar a ser eterno companheiro no mundo pós-pandemia e faz um alerta para as doenças decorrentes do ressecamento da pele.

“O álcool retira a barreira cutânea que serve como proteção da pele provocando ressecamento, surgimento de eczemas, coceiras e alergias”, diz. Ele explica que a camada cutânea é uma barreira que protege o corpo durante toda a vida e deve ser cuidada porque previne contra várias doenças e agressões. Sem hidratação, perde suas propriedades biológicas.

“O ressecamento pode ser consequência de envelhecimento, problemas de saúde, desequilíbrios hormonais, genética etc. É bom lembrar que a pele é o órgão mais afetado pelo excesso de frio ou calor, é o primeiro a sofrer com excesso de sol, ela protege contra entrada de microrganismos e substâncias alergênicas no corpo. Se estiver hidratada, ajuda no retardamento do envelhecimento precoce, na produção de colágeno, protege contra infecções oportunistas por bactérias ou fungos, alivia o surgimento de manchas, estrias, facilita as cicatrizações e tem vários outros benefícios estéticos e de saúde”, conclui Weber Coelho, membro efetivo da SBD-Sociedade Brasileira de Dermatologia e membro da SBCD-Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

Para evitar o problema, o dermatologista ressalta as recomendações dos organismos e autoridades de saúde de que a aplicação do álcool em gel deve ser feita quando não há possibilidade de lavar as mãos. “A higienização com água e sabão é eficaz não somente para prevenir a contaminação pelo novo coronavírus; ela é necessária para prevenção de uma série de contaminações e doenças”, explica. Segundo ele, o hábito de lavar as mãos de forma correta, limpando unhas, entre os dedos, no dorso e palma das mãos, além dos punhos, e a higienização com álcool em gel nas ruas será ainda ais importante no novo normal. “As pessoas também assimilarão, como normal, não encostar em paredes de elevadores, corrimãos ou balcões, por exemplo”, prevê.

Com a chegada do frio, que, na região, vem com tempo seco, não só as mãos, mas todo o corpo fica mais ressecado. Os banhos quentes e demorados também favorecem o ressecamento da pele, por isso, o dermatologista orienta que é importante intensificar o uso de hidratantes e a ingestão de água.

 

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