A SPFW N48 que eu vi.


Passada uma semana do maior evento de moda do Brasil e o mais importante da América Latina, além de ser a quinta maior Semana de Moda do Mundo, faço aqui a MINHA análise sobre mais esta edição, a sétima que acompanhei.

 

Devo salientar que assistir de perto aos desfiles e tudo que envolve a  SPFW é para mim SIM a realização de um sonho antigo.

Sempre acompanhei tudo, desde quando a mídia se interessava por ela. Assistia tudo pela tv, pelas mídias impressas, passava em frente ao Ibirapuera e sonhava, mesmo , com o dia em que eu teria acesso a tudo aquilo.

Porque ainda maior que  a minha paixão pela moda é a minha paixão pelo evento em si e por  tudo o que envolve a realização dele.

Desde 2015 eu acompanho de perto e apesar da dificuldade é sempre uma grande satisfação.

Uma das coisas que mais gosto é de fazer amizades por lá.

E faço muitas, mas não é fácil estar lá.

Apesar de São Paulo ser praticamente minha segunda casa (para quem não sabe, sou de Ribeirão Preto, interior do estado de São Paulo), tenho que me deslocar para lá, deixar tudo aqui, investir no transporte, hospedagem, e o mais difícil, conseguir convites para o evento e para os desfiles. 

É  uma batalha a cada edição, mas quando queremos algo, conseguimos!

O momento de entrar é sempre uma grande surpresa.

Confesso aqui, que a cada edição venho vendo o evento se tornar mais tímido.

Nas primeiras edições que eu fui, eram tantos louges, tantas atrações, tantos famosos circulando no evento, tantos patrocinadores, tanta mídia registrando o evento.

Tudo isso praticamente desapareceu de lá.

O que ficou mesmo foram os desfiles, novas marcas, novos estilistas, novos talentos.

Quem lá está, está interessado em MODA. 

Jornalistas de moda, influenciadores e  convidados das marcas.

Nesta edição tive a oportunidade de assistir a 4 desfiles, 3 deles  na fila A. Mais um sonho realizado.

Assistir a um desfile da SPFW ao lado de Costanza Pascolato foi a realização de mais um sonho. Um capítulo a parte…

O que mais vi nos desfiles pode ser resumido em : diversidade total, democratização e capricho nos detalhes.

Modelos não “precisam” mais ser jovens, alta, magras, ou ter qualquer outro esteriótipo exigido anteriormente.

Vi pessoas de TODOS os biotipos, raças e idades desfilarem para as   quatro marcas que assisti: João Pimenta, Fernanda Yamamoto, Lino Villaventura e Amapô.

Seguem algumas imagens, algumas feitas por mim, dos quatro desfiles. Alguns deles gravei na integra ao vivo no meu FB, por querer levar a quem não tem oportunidade de ir a emoção de assistir em tempo real, como se estivesse ali.

E  isso que acho que devo fazer, muito mais que me auto promover nas redes sociais é levar aos seguidores informações  que eles muitas vezes não tem acesso.

 

João Pimenta :

A personagem mitológica Lilith foi a inspiração de João Pimenta nesta edição. O estilista olhou para a necessidade do público para desenvolver uma linha. João entrevistou um grupo de mulheres lésbicas e entendeu, por meio de seus relatos, os shapes, a cartela de cor, as padronagens e a estamparia que construiria sua coleção.

As peças começam com uma estética desmontável e se transformam, chegando aos looks pretos e empoderados.

 

Fernanda Yamamoto:

Foto: Zé Takahashi/ FOTOSITE

Fernanda Yamamoto faz seu retorno ao SPFW com desfile celebrativo dos 10 anos de sua marca.

A coleção, vestida por um casting diverso, faz uso do upcycling e mostra o minucioso trabalho artesanal da estilista com looks feitos a partir de 450 peças do acervo da marca – elas foram desmanchadas e transformadas em novas e fantásticas modelagens conceituais e geométricas com técnicas dominadas por Fernanda, como plissados, rebordados, feltragem e o capitonê. Tudo embalado por trilha sonora ao vivo de Chico Cesar e o Coral Jovem do Estado de São Paulo.

Fernanda chorou, e eu também…

Confiram no vídeo:

 

 

Lino Villaventura

Foto: Zé Takahashi/ FOTOSITE

O estilista sempre chama a atenção pelo luxo de suas  peças. Conhecido pela intensidade, ele explicou à imprensa que a coleção precisa ser sentida, e não entendida.

Na paleta de cores, branco, preto, cinza, rosa, vermelho, azul e verde tiveram vez. Além disso, o metalizado deu as caras em tons de dourado e prata.

As criações de Villaventura misturaram transparência e brilho. Nervuras, plissados e assimetrias incrementaram a dose suavemente romântica com um toque dramático.

Os modelos desfilaram com máscaras de skincare que fizeram parte da maquiagem. 

Este vídeo foi  gravado de outro angulo por Ilca Maria Estevão do site Metrópoles atras de mim, da pra ver minha trança (risos).

Rebeca Ligabue/Metrópoles

 

https://www.youtube.com/watch?v=EqRJ5-eKzVo

 

Amapô:

Em parceria com o Senac Ceará, a marca fez homenagem ao artesão Espedito Seleiro, especializado em couro, e à cultura nordestina, de maneira geral, na coleção Sertão Cariri. Seleiro, que tem 80 anos, serve de inspiração para peças de couro com arabescos coloridos.

O baião de referências das designers Carolina Gold e Pitty Taliani reúne conjuntos com aplicações de tecido em formato de casinhas, babados para lá de coloridos e exagerados, sem falar nos jeans com lavagem acid. Alunos do curso de desenhista de moda no Senac da cidade de Crato (CE) colaboraram com o desenvolvimento das peças.

Performático.

Assim foi o último desfile que assisti nesta temporada.

Amei muito e vou continuar batalhando para ir a todas as edições até quando eu julgar que vale a pena. 

Porque, para mim,  “amar moda” vai muito além do look do dia. Nada contra quem faz, ok?

Apenas não é o que EU escolhi mostrar.

Meu foco são os eventos, principalmente os de moda.

Sendo assim não posso deixar de me  informar para informar os meus seguidores.

E a SPFW ainda é, e não acredito que deixará de ser,  o evento que mais movimenta o mercado  da moda com tudo e todos que isso envolve.

Até a próxima edição!

 

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